quarta-feira, 21 de março de 2012

Acordei por volta das 3 e 15 da manhã.sim, era isso... olhei para o relógio da mesinha de cabeceira e marcava 3 e 15... é um relógio daqueles de ponteiros luminosos. Olhei para o tecto sem saber porque razão acordava, mas lembro-me que talvez tenha ouvido a porta de um carro, lá fora, a bater ao fechar-se. Olhei de seguida para os buraquinhos das frinchas da persiana da janela e divisei a luz da noite... a rua tem candeeiros e vê-se essa luz ainda que difusa mas vê-se. Senti o corpo morno e passei a minha mão pela cara. Deixei a minha mão descer pela barriga até sentir o meu sexo e desejei ter-te ali comigo... Deixei-me estar assim durante uns momentos e lembrei-me de ti... lembrei-me de todos os momentos que te tive e que a meu lado te senti... Sabes, quando me abraçavas e me sentia protegido? escondido do resto do mundo, dessa forma mágica que tens de me abraçar, quando me beijavas e me sentia desfalecer ao sentir a humidade dos teus lábios, sabes, não sabes? Sei que sim. Lembras-te daquele dia em que nos encontramos pela primeira vez? O dia em que nos olhamos e os nossos corações bateram? Aquele dia mágico que marcou o resto dos outros nossos dias? Acordei sem saber por razão acordava mas penso que a saudade marca o sonho e, se calhar, estaria a sonhar contigo. Acordei às 3 e 15 e já são 3 e 40! 25 minutos a pensar nisto... sinto-te em mim e não estás aqui presente, mas sinto-te. sei que sou eu que me acaricio mas é como se fosses tu... sinto como se fossem as tuas mãos, o teu corpo quente, o teu Como beijavas tão bem. mas sei que mesmo que beijasses mal, para mim era sempre bom, doce, quente, por vezes abrasador, como eu costumava dizer que acendias em mim o fogo da lareira sempre acesa. eu sei que fui sempre “louco” por ti mas tu sempre gostaste de mim assim... eu sei que sim... coisas giras, não eram? Meu bem, como me lembro de ti assim? Porque acordei eu a pensar em ti? Porque é que ainda penso em ti ou porque é que estou sempre a pensar em ti? Sabes que não há um único momento da minha vida que não pense em ti? ...Já são 4 da manhã. Acho que vou dormir um pouco. Penso que vou sonhar contigo e depois... depois voltar a acordar para pensar mais uma vez nos nossos dias felizes, nos dias que passamos juntos, naqueles dias em que a loucura era permitida e nada mais interessava.

o que tiver que ser será.

Acabo de chegar de um lugar indeterminado; não o sei localizar; fica algures na minha memória, já um pouco esbatida pelo tempo; gastei muito do meu tempo a lembrar o que não deveria ter sido recordado. Mas o arrependimento não trás nada de novo, apenas revolve o velho e não deixámos de ser o que somos, apenas almas perdidas neste mundo de contrastes e de negações. Somos apenas e tão somente os "objectos" dum mundo imperfeito. Não nos foi dada a possibilidade de esboçar a nossa própria vida e assim temos de nos contentar com os constantes ensaios que fazem de nós, indeterminando a solução final. Perdemo-nos na magoa do tempo e da insanidade. Já não somos quem queremos ser.Somos apenas o que nos "dão" para ser. Permitem-nos viver de memórias e de factos que de novo se transformam em lembranças. Mas, lembrar para quê? Para sofrer? Para verificar que afinal de contas de nada serviu o esboço que de mim fizeram em constantes ensaios que a nada me levaram? Apenas à negação, só me levaram à negação. Não sei quem sou. Talvez nem queira saber: Não foi para isso que aqui vim; vim a este mundo para ser feliz, disseram-me um dia; e eu, parvo, acreditei. Vivi a correr nesse sentido; esbocei sorrisos e ensaiei gargalhadas. Tropecei, caí mas de novo me levantava. O horizonte estava sempre perto e me bastava estender a mão; a ajuda nunca me era negada; acreditei que o esboço que de mim fizeram em alguma coisa de bom se haveria de tornar, um dia, quando não sabia, mas haveria de me realizar. Engano. Puro engano. Quando dei por mim estava caído, só, perdido, destroçado em mil pedaços de mim, dorido de dores que não imaginava existirem. Mesmo assim olhava em frente na expectativa de que o esboço que fizeram de mim, depois de tantos e tantos ensaios, me permitissem olhar e sorrir de novo. Fiz isso muitas vezes. E havia sempre uma mão, ali, expectante, sorrindo para mim (engano). Para que foi que me sorriram? Porque me enganaram? Porque me disseram que sim? Porque razão me arrastei até aqui?Porquê?Que ganhei eu?Derrota após derrota?Claro que ganhei muitas batalhas, claro que sorri muitas vezes, claro que dei gritos de espanto e de prazer, claro que sim, mas, para quê? Para chegar a este fim?Para verificar que tudo o que vivi foi uma dramatização de mais uma história igual a tantas outras histórias de amor e sofrimento?Foi para isso?Foi para isso que me trouxeram até aqui?Foi para verificar que "isso" não existe? E, o que é o "isso"? O "isso" é um sarcástico riso dum engano simples mas preciso; dizem-nos: Vai e sê feliz, foi para isso que aqui vieste. E eu vim, olhando, sorrindo, esboçando e ensaiando o que poderia vir a ser e a ter: um amor, o amor! Amei e fui amado. Quis ficar pela simples razão de ter gostado. Então amei e fui novamente amado e numa infindável sequência de vidas eu percebi que estava a ser traido pelo esboço que fizeram de mim; o ensaio não tinha tido ensaio-geral; o pano subiu para a representação da vida e eu não sabia o papel. Destruiram-me, logo ali, logo à partida. Negaram-me a possibilidade de estudar melhor as deixas e as palavras, os tregeitos e a forma de colocar o corpo no palco da vida; o esboço havia sido mal concebido; o ensaio não havia servido de nada. Não havia ponto. Não havia nada. No entanto, pensei que havia tudo e de nada me servi a não ser da minha inadaptação ao papel. Fui um mau actor As lágrimas caiem-me agora e ninguém as vê; só eu as sinto aqui ao meu redor; os olhos se me toldam numa profunda mágoa e a tristeza me invade. Quis amar e ser amado. E, sou-o! Para quê? Onde é que ela está? Aqui, ao meu lado? Ali, depois daquela esquina? Depois, um pouco mais para além do horizonte? Ou a seguir àquele arco-íris colorido de vida mas que nada mais me traz para além dessas mesmas cores. Isto não é um grito. É para dizer que não me contratem mais; não há esboço e ensaio que cheguem para me reconstruirem de novo; a mentira foi totalmente utilizada quando havia um sorriso, quando havia riso e olhos brilhantes. Já não sei o papel de cor e já não consigo ler. No entanto, o amor não precisa de esboços nem de ensaios; no entanto, o amor não precisa de saber o papel, nem de ponto, nem de palco; o amor precisa de actor, de alguém que grite que está vivo, que ainda não perdeu a única "coisa" que tem para dar e isso está ainda dentro do meu coração, ainda pulsa e diz-me que é, que existe, que sente, que vibra. Grito, no meio de uma lágrima escorrendo sobre um sorriso, que por muitos esboços e ensaios, eu ainda o sinto e que esse amor (vivo) não acabará nunca, morrerá comigo, levá-lo-ei para onde eu for, será preso de mim mas não estará preso em mim, será livre de ser o que tiver de ser, será.

mentiras ?

O que escondes nos teus olhos? O que falas no teu silêncio? As tuas convicções não são tão delineadas como teus traços Tão pouco tuas afirmações, como o teu toque E que escuridão tapas com este amor? Seria o medo do escuro que te consome? Ou seria o medo da luz que te desespera? Não te vires para o lado o desprezo é o desgosto Não estou a perguntar,ainda não. Estou apenas a tentar sentir-te. Seria o teu amor maior que a minha poesia? Ou seria distração o teu amor mediante a beleza das tuas palavras? Esqueceste-te que a beleza só á na verdade? Esqueceste a bagagem do existir noutra outra viagem? Ou apenas se conforma enquanto a viagem não acaba? O que fala os teus olhos quando te calas? diz mediante aquilo que eu vejo não me convenças com aquilo que ouço!

sexta-feira, 9 de março de 2012

gotas de nada

Hei-de escrever até que se sequem as lágrimas ou até que se seque o sangue que me corre dentro das veias. Hei-de escrever o amor que me transborda o coração e que ninguém quer acolher dentro do seu, hei-de escrever até me cansar a mão direita mas mesmo assim continuarei a escrever com a esquerda. E hei-de saltar e hei-de sorrir ao escrever, hei-de chorar e tremer, hei-de viver, reviver, inventar, reinventar… Hei-de escrever, por muito que digas que não, hei-de escrever os sonhos que foram em vão e as verdades que despiste com a mão da certeza incalculável que agora nem tu sabes se estava certa… Hei-de escrever enquanto choro de desilusão por me teres apresentado o oceano e só me teres dado uma gota.

quinta-feira, 8 de março de 2012

estranheza da mais pura :s

É estranho saber contar-te como se fosses uma história perdida num livrinho, entre tantas outras, abri-lo à noitinha para embalar o sonho da criança que ainda mora em mim... é estranho saber contar-te assim como conto " A Branca de Neve e os Sete Anões", " O Capuchinho Vermelho". Estás entre todas as histórias que me vou contando de vez em quando, só para não perder de vez essa criança que ainda mora em mim. Mas continuo a achar que é estranho quando te conto a mim próprio e leio em voz alta as páginas inexistentes que a minha alma sabe de cor, repito não sei quantas noites a mesma história mas sou feliz porque aprendo sempre e cada vez mais com ela.

A estrela

tenho para ti um barco atracado num poste de electricidade. Está estacionado no passeio da rua mais antiga que esta cidade conhece. Está cheio de pedras e conchas e sal e ondas e mar, e ainda tem, com vida, uma estrela, que dança no fundo como uma odalisca. A estrela conta tantas histórias que os que passam por ali, ouvido encostado ao casco. Um dia ouvi-a falar de um lugar onde as árvores cresciam para o chão e a água dos rios corria para o céu, onde as pessoas andavam debruçadas no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Era um lugar com vista para os teus braços, sei-o hoje. este barco, que tenho para ti, tem o casco quase podre. Quando morrer haverá um mar na rua mais antiga que a cidade conhece. Nunca mais será a mesma. até lá procuro o lugar onde atracar o coração.

look into my eyes

No cimo da igreja os sinos batem a hora certa. Assim junta-se gente em falatório. Aos meus olhos muita coisa. aos meus ouvidos as vozes passeiam em círculo. Os pés alinhados pelas conversas arrastam-se, as conversas são feitas de palavras quem pode confiar nas palavras que caem de bocas agitadas pelo ir e vir de um sino que nunca saiu do alto daquela torre. há uma multidão anunciada desde o dia em que o padre da paróquia lançou a água benta na primeira pedra. Na multidão há sempre o ruído das palavras são muitas e as mais parvas perdem-se no ar como balões. São empurradas pelo som dos sinos. sobem ao céu. para sempre, outras procuram os ouvidos que não encontram e os corpos estão em festa, é a vida. Desesperadas caem por terra, moribundas, cansadas da procura simplesmente calam-se. Há palavras que não nasceram para serem ouvidas existe sempre a opção do silêncio. Os foguetes estoiram. os corpos dançam. a multidão eufórica abraça-se em palavras-gesto, sem boca, sem lábio e sem som. Sem uma única corda vocal e aquele silêncio-ruído continua abafado pelo toque da banda de música. quarenta músicos. Quarenta instrumentos e nestes uns pratos redondos em ouro fingido que quando batem um contra o outro parecem anunciar uma tempestade. .
Silêncio. tudo se resume ao silêncio das palavras. Se escrevo falo para mim. as palavras nascem-me no corpo eu ouço-as como uma nascente de água pura. Tudo que é novo é puro. O pecado precisa de tempo para parar o silêncio. Todas as palavras são limpas ao nascer. Só na boca ganha som. só ao vento é que elas se tornam defeito como um pássaro parte numa busca do ouvido talvez Abrigo, talvez acolhimento. Amigo? prostituta? bondade? não entendo nada de palavras, tenho dias em que sou mudo e como nos filmes mudos só o gesto do corpo, do olhar, do piano que não se vê e corre atrás das personagem em gritos que imagino como é fácil contrafazer som dos lábios com uma palavra. Gostava de ser a palavra para sempre, mesmo que fosse só em lábios contrafeitos, sou mudo há tanto tempo, à boca as palavras cansadas reclamam o seu descanso, eu preciso de mergulhar a palavra-corpo numa banheira de água quente.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Gostava mesmo !

Porque é que o nosso coraçao nao obdece ao nosso cerebro? tento lutar contra mim proprio para esquecer que te amo. tou cansado de sofrer. amar quem nao me ama. desejar quem ja nao quer saber de mim. pensar em quem nem se lembra de mim. quero tentar apagar-te da minha mente. mas nao consigo. faz parte de mim. penso em tudo de pior para nao pensar em ti mas o que mais me lembro e dos momentos bons. ja me disseram que nao me mereces. que nao me amas. no fundo sinto que é verdade mas gostava que nao fosse.

recordações

O valor das, das pequenas coisas, é traduzido pela espontaneidade dos gestos, pelo carinho de dar, pela alegria que transborda do coração quando o prazer da oferta se equipara ao prazer do recebimento. É assim o amor. Um beijo na testa quando a manhã aparece no céu e ainda dormes; um sorriso quando a luz do olhar retém o teu reflexo; o prazer de sentir o teu respirar sereno sobre a minha pele. A erupção vulcânica do teu calor sobre os lençóis é já um motivo de felicidade! Tudo coisas de dentro, coisas da alma, coisas de mim. Promessas escritas na areia da praia, quando prometi ao mar e aos céus que te amaria pela eternidade do tempo, não fosse o tempo o limite de nós. Um dia ao ouvir o trompete da marcha anunciar a tua passagem festiva pela nossa rua, corri para abrir a janela… A porta caiu e estilhaçou-se no chão! Das outras janelas saltavam cordões de pétalas de flores e braços abertos acolhiam a passagem da música que enchia o ar e os ouvidos. Peguei nas nossas rosas e reparei que estavam murchas… Ainda lancei as pétalas secas na esperança de que se florissem, mas o vento levou-as para onde não perturbasse o sorriso de ninguém. Era apenas uma flor sem importância e os céus não me responderam. Limitaram-se a deixar escapar uma lágrima ácida sobre a pele e a queimarem a fantasia. Só queria entender… Talvez nada tenha sido importante… Pelas ruas frias um trovão ansiava explodir-me no cérebro, agitar a consciência, como uma mão que nos quisesse trazer à realidade. Tentei desviar-me quanto pude, convicto de que me iria ferir, mas foi impossível. Quando acordei uma enorme gargalhada surtiu aos meus ouvidos. Uma voz… A tua voz…! Numa outra cama gozavas prazeres nos braços de um outro qualquer, que perguntava por mim e ria, ria, e ria… “Ele também é assim”?! O delírio do prazer mais bonito florido no teu corpo disposto e aberto em flor num canteiro perfumado e sonhos. Não era eu o jardineiro. Descobri que nem tinha jardim. Tão pouco sei semear alguma coisa. Mas vi o teu rosto feliz entregue ao prazer como se voasse e fosse livre, como se aquele momento representasse a evasão total! Dentro de ti uma esperança de libertação, como se te quisesses despir de mim, rugias como um leoa. Seres livre é um direito. Apenas consegui libertar uma lágrima ácida sobre a pele e queimar a fantasia… Só queria entender… Talvez nada tenha sido importante… Sopro o pó da capa do caminho. Uma história como tantas outras histórias que preencheram a vida de tantas outras personagens. Esta foi apenas mais uma. A cola está fresca, a fotografia é recente, pode desbotar… Uma história. Levantei a cabeça e descobri que não conseguia chorar. Chorar é típico dos fracos e eu não chorei. Nem quando te vi cheia de esperanças cruzares a porta destruída da casa sem vida, deixando para trás… Espera… O que ficava para trás? Nada! Apenas, e só, pequenas coisas… Deixa, não têm mais valor que o facto de serem pequenas coisas. Qualquer coisa vale mais que todo o nada. Ah! Esqueci-me do amor… Esqueci-me porque não foi assim tão importante... O amor é uma palavra como tantas outras no dicionario de qualquer língua, com tantos sinónimos quantos os que lhe quisermos atribuir. Quando o meu coração dizia que te amava, falava por ele, pela alegria de assistir ao teu acordar. Mas o amor pode ser qualquer coisa… Um desejo de momento, uma necessidade, uma expressão para nos convencermos de que amamos mesmo. Talvez não seja assim tão importante… Os pedaços da manta estão acampados na piscina da mágoa e divertem-se, mais uma vez. Sentado numa cadeira de praia assisto e aplaudo. Ai se eu fosse jardineiro e conseguisse esquecer e arrancar todos os cactos da vida! Que culpa têm as pobres flores se gosto de me rebolar em cima delas? Talvez devesse arrancar todo o amor do mundo! Ficaria o quê? A pedra glaciar que se deita comigo passaria a ser um Pólo Norte hibernado no mundo, numa fase doentia, num delírio assustador. Há paixões que vivem das pequenas coisas e são felizes. Não são todas… Mas ainda bem, porque assim há espaço para a dor. Se não houvesse dor, sobre que escreveriam os poetas? Agora agacho-me e tento apanhar os cacos da ilusão. Quanto sobrou desta vez? Talvez dê para fazer um soneto… Talvez sim… Promessas da lua, quando prognosticou diante do mar e dos céus que me feriria pela eternidade de um lamento… Como somos dois tolos… Esperem! Isto parece-me a marcha… Deixem-me espreitar pela janela partida! Que felizes que os amantes estão…! Como estou feliz por eles

Não dou vida

Não sou mais que um traço desenhado em certas formas geométricas na métrica de Ser e de me Envolver na minha simples "poesia", mas que poesia ? são simples textos sem sentido. Durante a procura de respostas em encontros e desencontros de uma vida cheia de emoções ou talvez de ilusões A voz, abafada por não acreditar em alterações então seguiu o rumo gestual, papel e caneta na mão e escrevo num mundo virtual. Mas não sei nada de nada nem escrever nestas linhas curtas muito curtas
. O nó que tenho na garganta e a dor que me faz doer o peito faz-me morrer aos poucos enquanto vivo desta maneira, ou talvez nem viva apenas sobrevivo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Rosa desgastada eu, ou tu ?


A cada dia que passa cada petala cai, sem forças, sem cor, sem cheiro afinal sem nada.
perde o encanto, o brilo que o meu sorriso lhe deu.
Sim uma simples rosa que ao caminhar do tempo perde tudo o que um dia lhe pude dar enquanto deu.
Ela nunca quis morrer assim, ela nunca quis perder o encanto que sempre teve aos meus olhos mas infelizmente acabou por perder acabou por se desleixar e acreditar que a rotina dela seria nascer,viver e morrer é obvio que sim mas perdeu-se num lápise!
Agora que penso, estás como esta rosa.
Estás a desleixar-te, estar a ir por caminhos que não são os que eu conheci onde me fizeste caminhar, já parece que nem esses olhos brilham quando me vêem.
Já nada está igual ao começo.
Deves-te estar a perguntar o que é que a comparação da flor de uma simples rosa tem haver podias pensar mas eu explico.
Então tinhas um perfume que não se esquece, era um cheiro que permanecia, mas que como uma rosa o cheiro não dura para sempre.
Sempre que nos viamos brilhavamos, e agora? o brilho ? outra vez a rosa que se deixa de ser regada perde o brilho , desgasta-se tal como tu.
No meio disto tambem me sinto como se fosse a rosa, parece que aos teus olhos eu deixei de brilhar e eu já não sei para quem brilham os teus.
Perdi a noção do encanto do teu sorriso mas estou amarrado nele.
Será que ainda sentes o meu cheiro? Será que ainda me sentes? será que ainda vivo em ti ?
São tantas as tristezas mergulhadas e esquecidas que nunca se sabe o que esperar de alguem.
Talvez já naão seja eu a regar o teu jardim ou não és tu a regar o meu.
Sabes como é a chuva? estou assim como ela, sem cor, sem sentido.

A propósito se eu for a rosa ja desgastada eu não quero morar num jardim morto !